Uma inquietação. Assim primeiramente indefinida toma meu ser
que, pacato, aceita a agitação como meio de agir. Os sonhos demasiadamente
loucos vêm à tona no sono e nessas digo: ainda bem, pois são sombrios de se
viver na realidade.
O cansaço se mistura, se embrenha e enfronha no travesseiro
juntamente com a agitação que descompassa do corpo e a vontade de dormir. Um ritmo
alucinado em oposições gritantes não dá sossego ao corpo que cansado se entrega
a Hipnos, porém não de todo.
Tudo, dizem, provém da mente, do tempo, do momento, do
contexto atual. Entendo, aliás mais que isso compreendo, mas não posso aceitar
isso como prolongamento de vida, caso contrário o Eu não aguentará.
Como manter a integridade nessa mistura de sensações e
sentimentos confusos que estranhamente brincam como percorrer da vida em travessia?
Algo bom, algo não tão bom n vezes até
que o corpo submerso nos sentidos se esvai em entrega à loucura.
O tempo chamado Chronos em sua voracidade colabora para que este
eu se consuma lentamente no fogo que ele mesmo cria com o consentimento dos
desejos insanos do Tempo.
Infinita, a mente entregue ao silêncio que não vem se recusa
a alimentar de sonhos a alma aflita em tensões. Imagens, medos e desejos se embrenham nas
terras absurdas do inconsciente percorrendo suas trilhas sem saber como voltar.
Nada se repara ou acalma, tudo se alvoroça ansiando por um
fim...
Entre dormir e acordar tudo parece infinitamente igual, não
há distinções...
O que fazer?
Meu nome é Sônia. Meu mal? In Sônia
Andreia Cunha
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