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sábado, 27 de outubro de 2012

DIAAMANTE: FAZENDO AMOR COM AS PALAVRAS



Em um relacionamento para se chegar as vias da intimidade faz-se necessário percorrer todo um caminho na qual se é possível adentrar as camadas mais densas que compõe o ser a ser envolvido.

Não, não é fácil visto que nós mesmos desconhecemos essa fina camada sempre prestes a se romper com o novo que geralmente nos sujeitamos a experimentar. Nossa essência volátil e em metamorfoses, nos torna seres estranhos até para nós mesmos, que dirá para quem quer nele talvez tomar posse: compreender, interpretar.

Por vezes, queremos sossego e quietude de nossos lados obscuros cientes deles ou não. Atiça-los é comprar briga: guerra. O mesmo se sucede com as palavras.

Para adentrarmos à alma delas temos de conquistá-las, estudá-las,entende-las até chegarmos a uma intimidade, uma comunhão com seus sentidos sutis. Exige amor, mais que paixão e tesão até o desnudamento delas e a provável união.

Belo é fazer amor com as palavras e se deixar transformar por elas a ponto de não mais viver sem sua companhia constante. Não digo que seja fácil esse relacionamento. Aliás, nenhum relacionamento o é. Tolerância, renúncia, vontade de estar junto e outras coisitas mais são ingredientes básicos dessa e de toda e qualquer relação.

Mas para isso não ser apenas um encontro fatídico e corriqueiro – o que considero um tanto impossível devido a sensualidade e experiência das palavras – há que se ter sobretudo paciência. Pá-ciência de escavar terrenos de todos os tipos e dificuldades. Garimpar e buscar a pedra mais preciosa para fazê-la luzir como deve ser o seu despertar.

Nós também saímos diferentes. Saímos semeados de suas origens, as fontes que nos sustentam e matam a sede que nos iluminam a mente para além dos bens materiais, pois elas também são sutis e espirituais independente do que nelas contém.  Seus significados é que dizem muito de seus níveis e tessituras. Somos nós que crescemos  ou elas que nos conduzem pelos percalços dos degraus dessa escada evolutiva?

AHNUC AIERDNA





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