Nem sempre estamos preparados para lidar com aquilo que nos incomoda, justamente por causar uma sensação ruim é que abdicamos desses sentimentos que creio servem para nos ensinar algo positivo. Tolerância é uma delas.
'Mas quem disse que quero ser tolerante?' Podem dizer alguns. A escolha é particular no entanto, hoje nos deparamos com um mundo imediatista somente voltado para aquilo que proporciona o prazer sem notar que o oposto é vivo, orgânico e bem presente na vida de qualquer ser vivente.
Aprender a lidar com sentimentos e sensações negativos pode ser complicado quando apenas se busca uma vertente: o prazer.
Não caro leitores, não estou dicotomizando apenas em dor e prazer. Apesar de ser muito mais simples colocarmos as dualidades acima da diversidade, sempre um tanto complexa de se apreender.
O nojo, a ojeriza muitas vezes trazem à tona nossa reles condição de mortais, de 'semi semi deuses' ou melhor até semi homens mediante atitudes e comportamentos. Fica mais que evidente nossas fraquezas, nossas incapacidades, limitações, etc.
E por que isso seria produtivo, interessante ou educativo? Creio que tudo isso nos traga um pouco (talvez muito) da essência da humildade (a verdadeira), também nos estapeia com luvas de pelica tudo aquilo que arrogantemente produzimos como virtudes e consequentemente nos trarão sofrimentos desnecessários. Afinal, eles um dia virão com a capa embutida da passagem a qual tanto tememos chamada morte.
Portanto é por entender que por mais que fujamos dos incômodos e perceber que eles nos alcançam independente do tamanho das passadas é que posto essas imagens não como exercício mas sobretudo como reflexão.
Bom incômodo!!!!
Andreia Cunha