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sábado, 6 de abril de 2013

À AMIGA MARIA JOSÉ GOLDSCHMIDT



A noite inicia seu canto no vão da janela,
pego como em arremedo a fantasia negra
e os apitos da manhã coçam meus ouvidos.

O talvez é pior que o não neste tempo louco,
faz-me nada pensar e me denuncia às violetas:
sempre no cio! Vagabundas ao vento são elas.

Os cabelos seduzem como os vermes verdes
pousados na tela de um pintor renascentista
e a ausência das ondas levam o navegante.

Neste afago do ontem ao negror da noite
entranho no teu coração o barulho do é assim
e assim vamos morrendo um dia após doutro.


Maria José goldschmidt


NA CALMA VAGABUNDAGEM
MORNOS INSETOS VAGUEIAM
AO VENTO ANUNCIAM:
- A NOITE É CHEGADA
O CIO SEM SOMBRA SEMEIA A PAZ
SOBRE O SILÊNCIO VERDE DO CHÃO EM CARTAZ
NADA COMO ESSA BRISA
PARA DIZER QUE O INVERNO SE CUROU DO RESFRIADO
QUE O TEMPO PULSA EM ORVALHO
QUE O PULSO VESTIU O SAGRADO
MANTO LENTO DE VIDA
EM SEGMENTO
SEGUE
O VENTO

andreiACunha





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