O homem se une ao mundo através de sua criação. Por meio do fazer prazeroso e criativo é possível transcender barreiras e com isso passar de mero indivíduo para a condição de célula de um corpo maior: o infinito universo, ainda indecifrável pelas ciências.
Na medida em que esse trabalho é produzido com a máxima vontade do ser que o fez, surge uma beleza possível de tocar os apreciadores produzindo nestes mudanças inclusive no aprimoramento do espírito. Pode-se dizer que há uma fusão entre criador, obra e criatura como fios de um tecido que se entrelaçam num conjunto maior que é a significação do mundo.
Existe um mistério que transpassa a matéria: seja o papel em um livro, seja a pedra em uma escultura, seja a tela em um quadro; enfim o material da qual a obra é feita é mero instrumento para nos proporcionar contato com o autor/ criador bem como reflexões e conhecimentos para nosso pequeno significar neste mundo.
Não podemos deixar, portanto, o artista / arteiro que existe em cada um de nós morrer no endurecimento das rotinas estressantes a qual somos submetidos boa parte de nossos tempos. Essa é a condição primordial que nos torna em humanos participantes de uma missão maior a qual todos temos além do pagamento de contas e a luta pela sobrevivência.
Andreia Cunha
Andreia Cunha
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