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domingo, 1 de março de 2015

NO SÓ SAUDADE BAILARINA LIBERDADE



Conheci um menino com o dom de amor.

Era horas passarinho beija-flor, bem-te-vi, quero-quero, pica-pau-cantor.

Muitas vezes era árvore de raízes largas e profundas fixado no pensar e no sentir. Nessas horas dava frutos e alimentava toda a família com o doce sabor de ser ele mesmo: menino, porém amadurecido na simplicidade de ser criança.

Era todo infância. Era sonho, fantasia, cachorro, gato, tigre, poesia. 

Tinha asas, mas voava mesmo com as palavras ainda tão pequenas, no entanto graciosas.

Era pedra e era pluma pena de ave leve dançarina.

Mais tarde, em sua vida apareceu ela, bela bailarina, por quem se apaixonou na passagem do circo da vida alegria.

Quando Ela passou pela cidade, semeou em seus olhos a felicidade e levou-o andarilho.

E lá se foi menino poeta em feitiço apegado à bailarina -Liberdade.

Na vocação do nada ter em muito ser. No só Saudade...

andreiACunha





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