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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

INFINITIVAR


 
Conjugo a vida passando
Ser-ar
Ser-ado
Ser-ando
Passo passado
passeando pelos mares
Ares do vagar
vagando
vagueando
Futurado
Futurando
Esperan (t/d) o
 
andreiACunha
 


 

 
 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

TEMOR TERROR



Pra que tanto medo se como diz o ditado popular quem não deve não teme? Essa deveria ser uma pergunta de fácil resposta em relação a tanta espionagem, que se faz e se diz comum a todos os países perante o maxi-mega-tera-dominio dos países 'ultradesenvolvidos'. No entanto, o que se percebe é que algo muito podre cheira e se espalha pelos ares quando o excesso chega a punir pessoas comuns e sem evidentes contatos com os chamados terroristas.

Seria terror alguém ideologicamente se sentir invadindo a vida alheia e com isso mudar de postura ao longo de seu percurso de vida? Creio que Snowden simplesmente se viu como peça de um jogo mediante a ousadia da audaciosa inteligência americana ao espionar a vida governamental e quiçá de comuns e reles mortais de outros países.

Creio que entre o que se diz normal e as atitudes de extremas existem muitas diferenças e o medo, ou pior, pavor, demonstram apenas o quão perigosas eram essas informações. Infelizmente, sabemos que o dito big brother é muito maior do que se pensa e que querendo ou não nossas informações são acessadas massivamente.

Afinal, se desde a década de 50 ou 60, os governos por conta da guerra fria já tinham acesso a internet mesmo que de uma forma mais tosca que dirá agora com todas as tecnologias que pensamos ser as mais avançadas sendo destrinchadas e acessadas por nós  -'civis comuns'... Com certeza essa espionagem consta com acessórios muito mais eficientes do que os mais imaginativos filmes de James Bond como agente 007.

Tenho meus secretos não tão secretos receios quanto a tudo o que vem acontecendo no Brasil e no mundo e suas reais influências americanas no sistema com suas 'armas' mirabolantes.
Penso, e talvez sejam apenas pensamentos de uma mente imaginativa, de que agora nesse momento em que teço esse texto, alguém do outro lado obscuro da espionagem já saiba que meus toques formarão tais e tais palavras costurando previamente o que já tenho em mente e concluindo antes de mim o que tenho para dizer - microchips nas bebidas, quem sabe até na água que se bebe.

Não, mas não tentarei cortar os pulsos para encontrar o microchip ou coisa do gênero. Pois creio que antes dessa tomada radical de decisão, o conhecimento desse esquema ardiloso me faz perceber o que deveríamos fazer e o quanto devemos nos aprimorar no conhecimento para sermos menos manipulados por mídias e ideologias encaixotadas por quem nos quer fazer de fantoches do poder.

A saga da educação permanece, mas não especificamente a dos bancos escolares também contaminados pelo processo... São nas leituras de livre escolha e na formação consciente do pensamento pessoal que simplesmente se pode virar o jogo.

A mente pode nos mentir caso continuemos a procriação do sistema, mas ainda assim a mente pode nos libertar quando passamos a perceber o quão peças podemos ser nesse quebra-cabeça que nos querem meter a formar.


Montemos nossa própria imagem e não apenas a que nos querem fazer montar. Eis a questão.

andreiACunha




terça-feira, 6 de agosto de 2013

MAR ASMOS



Faltava água para o corpo. Poesia para os sentidos. Um fio fino de linha cortada era o caminho que percorria na volta. o mesmo que foi delineado no céu por um aviador distante que com fumaça riscava seu caminho e o dela em pensamento. tão distante de quem ali o desenhava. Uma estrela próxima anunciava o princípio da noite.

Existe vida no belo. A beleza também produz seus frutos. Antes via na dor e nos fragmentos seu único alento. Despiu-se das armas, as armaduras e evidenciou a alma mole que tanto quando criança possuía ao observar a novidade do mundo. Sentia-se noiva da natureza pronta para aliançar seu vínculo com o novo ciclo que dali saía.

Sentia-se vida não pelo fato simples de viver, mas vivia pelos sentidos que antes anestesiados voltavam à plenitude de seu corpo esbaldado da água marinha que acabara de observar. Era como ondas e seus olhos viam e enxergavam além dos roncos dos motores de bombas d’água.

Vivia porque o mar era amar no amarelo do sol se pondo, era amar do mar no transformar de ânimos, era amar no mar sublime do espraiar nas maravilhas do ser diluído em novo lugar. O interno se alargou. O medo da alma era fora da armadura, dura arma, com a qual lutava e construía seu suposto mundo. Via, ria por dentro, sentia a brisa e o mar lavando suas velhas filosofias. Trazendo-lhes novas vias.

Consumia seus antigos sentidos pesados diluídos no sal e os via brilhar como cristal no reflexo do sol no mar do amor que fora buscar quando enfim saiu de si, do seu casulo para o mundo que não sabia mais se pertencer. O fora mostrava o de dentro deixava exposto seu anseio, sua insegurança embora se sentisse aliviada por ver que o desconhecido era apenas a pegada que via delimitada no chão e não correspondia a seu pé molhado antes percorrido no caminho de retorno.

No entorno o novo lhe dizia: corre chega logo e escreve o que te dito. Vai não perca esse tesouro. Ele é por demais precioso. São palavras querendo voar como o avião, se equilibrar no fio deixado de pipa de algum moleque, percorrer as pegadas do alguém que as deixou pra trás. É o céu anoitecendo na estrela e lua brilhante e crescente.

Tudo do novo belo lhe trazia sentidos sentimentos antes não vividos, antes não amados. Desconhecido. Agora marasmado.


andreiACunha