Clarice tem a claridade no nome. Clarisse clara-se clareia-se.
Ilumina a mina em mim na escuridão. Clareça-me, Clariça-me.
Mas quem disse que o clarear de Clarice é o translúcido da
verdade é o aclarear da dúvida na existência? Quanto mais claro mais escuro
fica e esse paradoxo fino e contraditório, condiz conduz com dança da vida
interior, plena repartida de idas e vindas nos fragmentos dos espelhos que se
quebram e jamais voltam a sua origem.
A originalidade está nos pêlos dos fragmentos. Mesmo plenos
somos no outro e com o outro o pedaço que ilusoriamente forma a fôrma do
espelho primordial. Perdeu-se essa fôrma, aliás perde-se a forma a cada dia de
vida renova-se remonta-se recria-se na juventude na velhice na infância que não
morre e nem deve morrer.
Somos, dessomos e dez-somos em um que se multiplica na
infinitude dos universos que nos habitam. Seja no claro ou nos assombros das
sombras na penumbra em busca do escuro que Clarice clareia o cloro da realidade
clara sem clero no colo das palavras. Quero Claricejar-me a cada dia um pouco
mais.
andreiACunha
Vc não precisa de claricear mais...sua mente é LÚCIDA,mesmo nas sombras . Adorei o poema e fiquei angustiada com as gifs.Efim sempre é bom se desestruturar para construir melhor. BEIJOS.
ResponderExcluirAh Vaninha, é spre bom Claricear mas acho às vezes que a lucidez passou distante de minha mente...rsrsrsrs
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