Cansou-se de ver, ouvir e saber de tantos disparates
relacionados à corrupção e às falas referentes ao orçamento público de ‘não dá
pra isso não dá praquilo’ quando para aumento de salários da população,
infelizmente massacrada e esquecida pelos maiorais, mas não para os bolsos dos
exmo(s) deputados, senadores e a corja mafiosa que adentram os palácios de
terça a quinta como semana de trabalho.
O paradoxo chegou a um limite insustentável na qual é agir
ou agir. Basta, agora, saber como. A novela dos caôs, os B.O(s) e o pitis de
outrora apenas enrustidos na vizinhança, no bairro, na esquina agora tomou
tudo: as Ruas, Praças, Avenidas do país inteiro.
Por anos a fio em que deixamos a ditadura e adentramos num processo
democrático o que se vê são injustiças e interesses pessoais camuflados a
serviço da panelinha que não larga do poder, assim como o cão faminto não larga
do osso.
As ilhas da fantasia em suas esferas micro-macro perderam a
noção fumaram cheiraram e injetaram demais de suas drogas alienadoras e
alienantes. Tiveram overdose de ganância e agora estão pagando o pato tentando
pegar a laço o povo para a forca.
No entanto, há uma imensa massa de manobra totalmente
despolitizada para perceber a condição em que se encontram enquanto grupo
ativista para determinados fins. Falta-lhes tudo, principalmente Educação, que
dirá Educação Política. Estão sendo usados e abusados para escusos fins de
elitistas dos zorros às avessas.
Buscar a solução pelas vias políticas como estão é pedir
muito para quem a muito na plebe vive de esmolas salariais enquanto os
banquetes rolam soltos em todas as esferas. Seria ‘infantilismo’ dizer que só
no alto escalão o bicho pega gostoso e tudo degringola em pizza, panças cheias
(leia-se cuecas, meias, sapatos, pastas, bolsos, jetons enfim...) e
esquecimentos.
Assim como é ‘infantilismo’ dizer que uma única pessoa é
culpada. Desde nossa tenra formação (pois ainda somos um país jovem) somos alvo
de interesses alheios. Isso não justifica que em mais de 500 anos a coisa
permaneça como está. Pois infelizmente o povo tem sua parcela de culpa sim. Deixamos
acontecer!
E não é porque se está acordando hoje em 2013 que a
Cinderela espera encontrar o Belo Príncipe novo e saudável. Vai ter de aprender
a lidar com um velho ranzinza, O Casmurro, pois afinal ela também não é a
jovenzinha virgem de lábios de mel. Temos todos olhos de ressaca em nossos
corpos impregnados o desejo dissimulado de também sentir o poder. Cada um de um
jeito: individual ou coletivo (institucional).
Essa é a verdade mascarada no Humano que nos habita. Somos
seres competitivos ainda mais com o acirramento da economia, dos mercados em
crises devido à instabilidade mundial. Sinceramente, somos apenas o reflexo
dessa onda que se levantou bruscamente e que esperamos não culminar em terceira
guerra (Historicamente o que parece ser inevitável).
O interessante é que as máscaras caem. Os caôs viram caos
quando descobertos. O povo, sempre sub, tenta se elevar sobre as mentes
dominantes embora sem a devida ordem e consciência do que poderia ser mais
organizado e mais politizado.
O medo é a barbárie e o que virá dela como resposta
extremista o que fatalmente ocorrerá (seja para o bem, ou seja, para o mal).
A seguir, cenas dos próximos capítulos.
andreiACunha