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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

SER-ME-EU PALAVRA



NADA EM MIM PEDE NORMALIDADE E, POR PRETENSÃO PURA, EU GOSTO DE ME SER-ME-EU ASSIM INUNDADA-DADA A ESSE UNIVERSO MÚLTIPLO DE PALAVRAS SEMI-AÉREAS RASAS E PROFUNDAS QUE PROFANAM O DICIONÁRIO.

andreiACunha





























quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

( . ) OU PONTO




AMO A TI...
AMO-TE.
AMOTE TANTO
QUE JÁ SOU CONTIGO,
UM COMIGO SÓ.

andreiACunha











sábado, 4 de fevereiro de 2017

PROVISORIABILIDADE



Acostumamo-nos a uma ideia de democracia aliada apenas a bondade humana. Esquecemo-nos com isso a natureza do humano que reina as funduras de todos nós: o mal.
Infelizmente o pago desse “acostumamento” é o reascender do retrocesso e de tudo o que já foi vivenciado e que para muitos deveria ser apenas resquícios de um passado mórbido.
Talvez essa negação desse mórbido mal por vergonha evidenciou ainda mais a incapacidade do homem em lidar consigo mesmo. Habita-nos uma besta, habita-nos um anjo, tudo depende de quem mais alimentamos.
Eis a sabedoria, não se pode negar em si e na História da humanidade a ascensão desses momentos cruéis. Escondê-los para debaixo do tapete e criar um monturo nos cantinhos que em algum momento virá à tona porque o cantinho cresceu e tomou o espaço inteiro da sala.
A maldade estava adormecida no poder, no entanto eis que ela se reanimou nessas mãos que chegaram ao poder para ditar as normas e as regras.
Ideologicamente é nessas mãos débeis e imbecis que a maioria se espelha para justificar sua barbárie, o pior de seus instintos e o desrespeito a diversidade natural existente no mundo antes mesmo de nossa vil presença.
A cegueira do olhar para o processo criador, em seu ato criativo, dita ao homem que uma única raça comanda, é dotada de supremacia sobre outras. O desdém está vinculado às aparências, é o aparente do agora sem memória que nos faz répteis rastejante em círculos tortuosos e viciantes do repetitório.
A História e a Literatura escancaram a toda a essência dos nossos sentidos mas ainda assim mal conseguimos sentir o vento dos males pois a maioria se “empreguiça” de sua real condição: aqui não é passeio, não é o eterno gozo das delícias terrenas.
Luxuriosamente, os que enganam, iludem e se empoderam dos recursos perecíveis não terão outro fim diferente daqueles que estão nos lugares menos favorecido ou na miserabilidade. A fenescência, a morte o apodrecimento é e está para todos.
Concordo com Menocchio, personagem real, porém com nome fictício, ao julgar o homem o verme que habita o planeta visto como um grande queijo. Nossa condição está muito aquém de anjos vestidos de brandura e “brancura” pureza de peles alvas e iluminantes.
Até nisso a crueldade impera, até mesmo onde julgamos haver a imparcialidade de uma força criadora. Nada em nós é angelical, pois consideramos qualquer ato de bondade como um mérito e não como algo que deve ser assim sem necessariamente esperar retribuições.
O bem não é algo que mereça ser retribuído porque foi desempenhado, é apenas uma condição necessária para a existência tanto do ajudado quanto do ajudante, nada mais verdadeiro do que a figura da unidade nesses atos. Fiz e faço o bem porque sou um com o outro.
Enfim, a luz no fim do túnel ainda está distante, ilusoriamente o homem cria mais espaço na escuridão pensando estar na luz que cega e atordoa do que no controle da luminosidade necessária para seu enxergar melhor.
Ideologia e cultura se debatem, no entanto, é a ideologia que permanece por preguiça, orgulho frente a partida que corresponde ao sair do estado cômodo trono ilusório da riqueza que se cria para se manter na condição de reis do universo.
Curta visão de quem curte a ilusão de ser o dono do poder. Provisoriabilidade.

andreiACunha!