Aos pretensos detentores do poder
digo-vos não é com emplastro que se curam as dores da alma... Inútil fui, deixei-me
enlevar nessa vida de “futilezas”.
Cavalguei um hipopótamo e deparei-me com a
inexistente natureza humana. Delirei-me e resgatei toda a minha existência tendo
em vista os primórdios repetitórios e repetidos ante meus olhos vistos... Sorte a minha ter tido a sabedoria de não ter
tido filhos embora os quisessem. Não seria bom pai como fui bom amante no auge
do amor.
Percebi que na morte não se desintegra, mas se reintegra a um uno
maior que nos proporciona esse reencontro anormal fora da matéria.
Sinto os
vermes roendo-me ainda desde a data desses escritos no século xix. E apesar da
longa data desse fatídico verme vejo que muitos ainda sonham com o emplastro
que poderia vir a curar as dores que também vivenciei em vida.
Cobrer-me-ia
desse emplastro e ainda assim não poderia curar minha alma nem livrar-me do
vento que assomou meus pulmões ao abrir a janela em busca de ar fresco... Aliás,
ar fresco que nunca procurei, respirei-me em ares viciados borbolete-ei-me como
aquela negra que posou naquela que enganei por ser bela, porém manca.
Manco fui “não nada fiz” neguei
uma vida como em pausa de jogo infantil no lançar de dados e esperar a próxima
jogada. Desperdicei-me. Pretensiosamente vi e vejo desmanchando-me nessas
palavras pois não tenho mais corpo a não ser daqueles que por ideia assumem
esse caráter que outrora tive e ainda tenho nesse desnarrar-me. Sou Braz, o
Cubas de meu pai.
ac