Caros amigos,
Não se deixem iludir pelas dificuldades que à primeira vista
a leitura de textos mais complexos podem nos impactar. Muitos são os desafios
mediante um universo repleto das facilidades visuais e do acomodamento mental.
No entanto, após um esforço e não o digo descomunal apenas
um pequeno esforço é possível desvendarmos aquilo que antes considerávamos intransponível no reino da língua escrita.
Por que falo sobre isso? Em minhas experiências de aula vi
muitas vezes a prefiguração daquela típica cara de nada mediante a leitura de
um texto confuso, mas que ao ser desvendado aos poucos gera uma sensação de “puxa,
que legal! Nunca havia imaginado que esse texto falava sobre isso?”.
E com tal atitude uma felicidade espontânea se delinear como
alegria em competência do entender e principalmente do querer mais, o de se
proporcionar mais desafios e sem a ajuda de um professor.
Digo que isso é o plantar sementes de saber é aguçar a vontade
de se sair do marasmo, do comum e ampliar o mundo através das portas do conhecimento.
O maior gosto em ser professor é propiciar esse prazer sem
necessariamente ter de avaliar, quantificar sabedorias em notas para prosseguir
ou não um estudo. Penso que cada um tem seu ritmo e esse método me desgasta
enquanto educadora para a vida, uma brincante com a lógica da aprendizagem.
Sinto mais uma alquimista do mágico e do lógico do que necessariamente uma
transmissora de conheceres. Ainda estou em formação como então avaliar como se Amim
me fosse dado o dom de tudo saber?
Para prosseguirmos enquanto mestres, precisamos despir a capa
que nos faz esbarrar no termo detentores de verdades, precisamos, sobretudo ter
consciência de nosso papel e principalmente amor não no sentido piegas, mas um
amor racional para lutar pelo que abraçamos como profissão.
Essa força é o mágico e o lógico antes dito.
É no tato em
lidar com nossos ‘conhe-seres’ que poderemos de fato atingir outros seres.
Tirando as barras que nos prendem ao comum, ao vazio, ao sistema que querem nos
aprisionar.
andreiACunha
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